quinta-feira, 1 de maio de 2008

mudança

por que a gnt muda?

pra buscar sentido qdo não se tem? pra sair do incômodo, seja ele um estado ou um meio? pra ter (novamente) fôlego? por que já não damos mais conta do momento? por que as outras e os outros o estão fazendo?

no meu caso rolou uma perspectiva, um movimento, de que a mudança - q geralmente e socialmente (rs...), é para algo melhor - viria a calhar. tenho uma mania de fazer as novas idéias capazes de justificarem tudo, como uma verdade cristalina e viva.


meu barco estava por boiar, assim, sem (ver) propósito, com dificuldade de fincar âncora, definir rumo. até os remos não já não tinham mais serventia, nem decorativa. e para alguém que se entende como capitão, vagar num fluxo externo era um contexto que carecia da tal mudança.

no fundo, as águas são todas as mesmas, o q as difere é o ritmo. e a impressão era de q a correnteza daqui seria mais afetiva, confortável, de temperatura morna. passado um verão, digo q aqui meu barco segue.

fico na dúvida se os remos, de tanto desuso, agora não mais serão operados com o vigor de antes, muito antes de toda essa conversa.


boiar já não é mais o verbo praticado, bom, as vezes sim, mas só as vezes. enquanto me conflituo com os remos, arrumei uma vela e dei sorte de aqui bater um vento que tira a gnt do lugar. faz sol também.

falando em mudança, não podia deixar de contar q a minha ocorreu sem mto plano. ficaram para trás coisas importantes e assumo que me deixo levar pela vela içada e não avalio o saldo dessas perdas e se as deixarei como perdas, afinal, ainda pode haver tempo de revê-las. dito isto, há de ser inclúido nas tarefas do marinheiro (capitão não é posto para mim no momento) alguma estratégia de resgate. pensarei nisso enquanto olho as estrelas antes de dormir.

sigo bem, com saúde, sorrisos, belezas, tropeços (na água também tropeçamos), e saudade. em breve mandarei mais notícias, assim q aportar em algum ponto. fiquem bem e contem com um retorno meu. abraços

não tinha como começar de outra maneira